terça-feira, 31 de julho de 2007

237 razões para o sexo

Por que você fez sexo? Cyndy Meston e David Buss, pesquisadores da Universidade do Texas, fizeram essa pergunta para cerca de 2000 mil pessoas e publicaram o trabalho na edição de agosto da Archives of Sexual Behavior. Eles chegaram ao seguinte resultado: uma lista de 237 razões - que vão de "Eu queria me sentir mais próximo de Deus" (ah, sei...) até "Eu estava bêbado" (epa!). A dupla daria uma bela entrevista. O resultado seria diferente no Brasil? Quais as peculiaridades da nossa cultura? Um trecho da matéria que saiu na edição de hoje do New York Times: "Others said they did it to “help me fall asleep,” “make my partner feel powerful,” “burn calories,” “return a favor,” “keep warm,” “hurt an enemy” or “change the topic of conversation.” The lamest may have been, “It seemed like good exercise,” although there is also this: “Someone dared me.” Dr. Buss has studied mating strategies around the world — he’s the oft-cited author of “The Evolution of Desire” and other books — but even he did not expect to find such varied and Machiavellian reasons for sex. “I was truly astonished,” he said, “by this richness of sexual psychology.”" Uma ótima pauta, com certeza.

Gisele e Mario Testino: os bastidores

Uma pausa para assistir ao vídeo feito durante a sessão de fotos de Gisele Bündchen com o fotógrafo Mario Testino para a capa de setembro da Vanity Fair. Peguei agorinha lá no site da revista. Os portais poderiam lincar, claro.

Beber não é mesmo uma boa idéia

Turista argentino bebe demais, tira a roupa, escala a fachada da Catedral de La Paz (Bolívia), cai e morre. Veja vídeo (é o link mais acessado do El País). Sugestão para as Homes dos portais.
Michelangelo Antonioni (1912-2007)

Julgando (e servindo) pratos

Que tal colocar um crítico de restaurantes trabalhando como garçom durante uma semana? Frank Bruni topou e cumpriu a pauta, em Nova York, no ano passado (e a matéria ficou muito boa): "I traded places and swapped perspectives, a critic joining the criticized, to get a taste of what servers go through and what we put them through, of how they see and survive us". Não sei se no Brasil já fizeram a mesma coisa, mas seria bem divertido tentar.

Viagem fantástica

Gostei deste site que simula uma viagem virtual ao microcosmo e ao nanocosmo. Construído em flash, ganhou um prêmio de design (os alemães são mesmo bons nisso). Útil como fonte (traz vários links bons sobre nanotecnologia), passatempo ou aula de ciência. Entre, clique na mala de viagem e mande brasa - abaixe o som se precisar. De cara, sugiro a "Ego-Trip Route". Uma espécie de "viagem para dentro de si mesmo" sem a ajuda de Freud, claro.

"A nova fotografia erótica"

Não sei se alguém já deu alguma nota sobre o livro "The New Erotic Photography", da editora Taschen. São 82 fotógrafos de 14 países em 602 páginas (é, aquela coisa bem "Taschen"). Achei uma galeria com várias fotos na revista Radar. Gostei de algumas.

segunda-feira, 30 de julho de 2007

Um clássico do design

Boa pauta: a fonte Helvetica, criada pelo designer gráfico suíço Max Miedinger, está fazendo 50 anos em 2007. O diretor Gary Hustwit fez um documentário sobre o tema e o jornal The Guardian gostou bastante. A Wikipedia diz que a Helvetica foi desenvolvida para a tipografia suíça Haas’sche Schriftgießerei. Seu título é derivado de helvetia, o nome latino da Suíça. A fonte é baseada em uma tipografia mais antiga chamada Akzidenz Grotesk, criada em 1898.

Trabalho voluntário nas férias

Parece que unir turismo e trabalho voluntário numa mesma viagem virou mesmo uma tendência, ao menos entre os viajantes de países desenvolvidos. A Time fez uma matéria sobre o assunto e levanta questões: "Are volunteer vacations merely overpriced guilt trips with an impact as fleeting as the feel-good factor? Or do they offer individuals a real chance to change the world, one summer jaunt at a time?". Leia aqui.

O negócio das biografias

Numa época em que se discute a carpintaria das biografias (autorizadas ou não) e a liberdade de expressão, é interessante ler o texto "Lives of Others - The Biography Business", de Louis Menand, que foi publicado na edição desta semana da New Yorker. Começa assim: "At a time when instruments for recording and disseminating information about people’s intimate behavior are cheap and easy to use, and when newspapers and magazines and television programs and Web sites purvey that kind of information without restraint, and when even ordinary people apparently can’t do enough to tell the world everything about themselves, a defense of the professional biographer’s right to pry does not seem something that civilization stands in dire need of. Just in case, though, two such defenses have recently been published". No fundo, escreve Menand, o que todo mundo quer é controlar a narrativa. Valeria traduzir e publicar aqui no Brasil.

A arte de editar

Sugestão de leitura para jornalistas: o texto "Let us now praise editors: They may be invisible and their art unsung. But in the age of blogging, editors are needed more than ever". Saiu na Salon.

Desconstruindo a publicidade

Em 1978, o publicitário Donald Gunn desenvolveu uma teoria: disse que todas as propagandas de sucesso se encaixavam em 12 categorias, chamadas por ele de “master formats”. Seth Stevenson, da Slate, assistiu recentemente a uma palestra de Gunn e chamou o que viu de “revelação”: “The curtain had been pulled back on all those sly sales tactics at the heart of persuasive advertising”, escreveu. Resolveu, então, colocar no site uma galeria de vídeos com 12 comerciais que, na opinião dele, seguem as regras criadas por Gunn. Todos trazem legendas explicando cada uma delas. Vale a pena olhar. E fazer uma entrevista com Gunn sobre os rumos da publicidade.

Receitas em várias línguas

Sabe o que é thyme, parsley e scalion? O site Myfoodtranslator é uma boa ferramenta para quem, como eu, tem dificuldades quando encontra pela frente uma matéria de gastronomia em outra língua. A dica está no Estadão.
Ingmar Bergman (1918-2007)

domingo, 29 de julho de 2007

Cartas da juventude

Muito bom o furo de reportagem do repórter Mark Leibovich, que encontrou uma série de correspondências antigas de Hillary Clinton com um colega de escola, todas cheias de passagens reveladoras. Taí uma idéia legal para se fazer com os políticos brasileiros (embora duvide um pouco que o hábito de escrever cartas fosse popular entre eles. Vamos esperar).

A etiqueta dos emoticons ;-)

Adultos devem usar emoticons? Em que circunstâncias? No trabalho ele são aceitos? O New York Times de hoje fez matéria sobre o assunto. Boa pauta.

O jornalismo no século 21

A resenha "Goodbye to Newspapers", de Russel Baker, publicada na New York Review of Books, trata de dois livros interessantes para quem acompanha os caminhos do jornalismo: "When the Press Fails: Political Power and the New Media from Iraq to Katrina", de W. Lance Bennett, Regina G. Lawrence e Steven Livingston; e "American Carnival: Journalism Under Siege in an Age of New Media", de Neil Henry. O assunto é ótimo, está na pauta dos jornais brasileiros e qualquer um desses autores daria uma ótima entrevista. Um trecho da resenha mostra que a crise é global:

"Journalism was being whittled away by a Wall Street theory that profits can be maximized by minimizing the product. Papers everywhere felt relentless demands for improved stock performance. The resulting policy of slash-and-burn cost-cutting has left the landscape littered with frail, failing, or gravely wounded newspapers which are increasingly useless to any reader who cares about what is happening in the world, the country, and the local community. Cost-cutting has reduced the number of correspondents stationed abroad, shriveled or closed news bureaus in Washington, and crippled local reporting staffs which once kept an eye on governors, mayors, state legislatures, small-town rascals, crooks, and jury suborners. It has also shrunk the size of the typical newspaper page, cutting the cost of newsprint by cutting news content."

Uma pechincha em Búzios

Na seção "House of the Week" o The Wall Street Journal destaca uma casa em Búzios que está à venda por 2 milhões de dólares. Vale tudo isso? Veja aqui.

Decoração para carros

Muito bacanas esses adesivos magnéticos para carros: fáceis de tirar e podem cobrir eventuais arranhões, por exemplo. São quatro temas, um deles especial para recém-casados. Esse aí da foto dá um visual meio anos 60 para a caranga. Boa nota, acho. Via Popgadget.

Darth Vader encontra Buster Keaton

Uma pequena diversão para o domingo: a versão de Guerra nas Estrelas feita para o cinema mudo. Tem pouco mais de um minuto. Muito bem feita, achei.

O retorno do DeLorean

Novidade boa para os fãs de carros que viveram a adolescência nos anos 80: o DeLorean voltará. O Los Angeles Times dá a notícia: "Botkin had to grow up and buy his dream car himself. He drives a restored DeLorean modeled after the one that served as a time machine in the 1980s blockbuster "Back to the Future."He also manages a repair and refurbishing shop in Garden Grove that's affiliated with DeLorean Motor Co. (Texas), a suburban Houston company that rebuilds DeLoreans and is laying plans to bring the car back into limited production." Pauta legal para quem escreve sobre automóveis.

Por dentro de um matadouro

O documentário “Slaughterhouse: The Task of Blood”, exibido pela BBC2, mostra como funciona um matadouro. Não recomendo para quem tem estômago fraco. Depois de assistir ao filme do diretor Brian Hill muita gente vai aderir à culinária vegetariana, com certeza. Não foi o chanceler alemão Bismarck que disse que quem gosta de salsichas e de leis não deve querer saber como são feitas? Taí. Alguém deveria fazer uma matéria mostrando as condições em que os animais são abatidos no Brasil.

sábado, 28 de julho de 2007

Robôs cada vez mais humanos

"The Real Transformers", a matéria de capa da revista que circula com a edição de domingo do New York Times, mostra que pesquisadores já estão programando robôs para que eles aprendam como os humanos e também para que mostrem características humanas (num post anterior, os 50 robôs mais bacanas do cinema). Alguma publicação brasileira poderia comprar os direitos da reportagem, seria ótimo. Na mesma edição, um artigo interessante sobre religião, levanta uma questão: Deus é necessário para a imortalidade? Boa reflexão.

"O novo novo jornalismo"

O site The New New Journalism traz, entre outras coisas, pequenas biografias e vários links de entrevistas com alguns importantes nomes do jornalismo americano, como Gay Talese e Calvin Trillin. Foi organizado por Robert S. Boynton, diretor do programa de jornalismo em revistas da New York University - e autor de um livro homônimo sobre o assunto. Vale dar uma olhada. Sugiro este papo com Gay Talese a respeito do legado e do futuro do "new journalism", mas tem um monte de outras coisas legais.

Os clubes para garotas no Japão

A dica do sábado: o documentário The Great Happiness Space (2006, 1h16, no Google Video), de Jack Clennell, sobre o mundo dos "host clubs" para mulheres de Osaka, Japão. Garotas pagam de 12 a 50 dólares por hora apenas pela companhia de rapazes como esses da foto (um mundo secreto em que elas se sentem "princesas", como diz um dos entrevistados). Já tinha ouvido falar disso, mas o filme mostra como a coisa funciona, de fato.

sexta-feira, 27 de julho de 2007

Imagens estranhas do Google Earth



Boa sacada do pessoal da PC World: eles colocaram no site uma galeria com várias imagens bizarras encontradas por meio do Google Earth, como a desse coelho gigante deitado sobre a vegetação. Eu não sabia, mas existe uma comunidade de usuários da ferramenta que se dedica a procurar coisas como essa. Daria uma matéria divertida.

Campeonato de Textos Curtinhos

Pausa para o almoço: em férias, e imbuído de muita esportividade no espírito, criei o Campeonato de Textos Curtinhos. É assim: competem dois textos sobre o mesmo assunto publicados em qualquer lugar. Só é preciso que ambos sejam bem curtos (se forem legendas, o Santo Graal da concisão, melhor). Pra começar, peguei o que se falou nas sinopses sobre o filme “Conceição – Autor Bom é Autor Morto”, de roteiro complicado, que estréia hoje. Na Folha de S.Paulo: “O filme retrata o que as pessoas querem ver no cinema com o encontro de autores e suas idéias. Os personagens revoltam-se contra seus irresponsáveis criadores”. No Estado de S.Paulo: “Grupo de jovens autores se reúne em um bar para discutir as idéias do filme que querem realizar. Aos poucos, os personagens que criam chegam ao local e se revoltam contra seus criadores”. 1 a 0 pro Estadão, apesar dos 28 caracteres a mais.

Se a moda pega...

A editora Rocco lança em 6 de agosto o novo livro de Michael Crichton, "Next". A revista Time não gostou. O New York Times gostou (dura é a vida de um escritor pop). Um detalhe: o autor usou um dos personagens do livro para alfinetar o jornalista Michael Crowley, que o havia criticado. Criou o fictício "Mick Crowley", um jornalista de política acusado de estuprar uma criança de dois anos. E que, além disso, tem um pênis pequeno.

Jornalismo no teatro

Autor de reportagem da New Yorker sobre o Iraque, George Packer adaptou o texto publicado na revista para o teatro. A estréia da peça está programada para o começo do ano que vem. Leia aqui.

Cartografia colaborativa

Bacana esta matéria sobre mapas na internet. Vale traduzir e publicar. O trecho de abertura: "On the Web, anyone can be a mapmaker. With the help of simple tools introduced by Internet companies recently, millions of people are trying their hand at cartography, drawing on digital maps and annotating them with text, images, sound and videos."

Os EUA e a Amazônia

"In the Amazon: Conservation or Colonialism?" é o título da reportagem de Larry Rohter publicada hoje pelo The New York Times. Entre outras coisas, fala da teoria da conspiração que envolve a presença estrangeira na Amazônia.

Pac Head

É preciso ser muito fã do Pac-Man para usar um chapéu desses (ou seja lá o que for isso) vendido no site da Namco. Achei que fosse coisa de criança, mas está disponível no "tamanho adulto", também. Ok, então. Custa US$ 29,99. Dá uma boa nota. Via Popgadget.

Um mundo de desastres

O International Disaster Database é uma ferramenta útil para jornalistas. Fornece informações sobre desastres, naturais ou não, que aconteceram em cada país do mundo. Dá para procurar por tipo de desastre, também.

Crimes no museu

O Art Crimes é um site interessante sobre a história do vandalismo nas artes plásticas. Pode ser útil na hora de fazer alguma pesquisa sobre o assunto. Me fez lembrar a recente história da mulher que deu um beijo num quadro do Cy Tombly, deixando uma marca de batom na tela de 2 milhões de dólares. Incrível. Vale dar uma olhada.

Os 50 anos da corrida espacial

Em outubro de 1957, a União Soviética lançou o Sputnik 1, o primeiro satélite artificial, e deu início à corrida espacial. Este site é um bom ponto de partida para quem vai fazer matéria sobre o assunto, 50 anos depois.

quinta-feira, 26 de julho de 2007

Vôos nostálgicos

Empresário alemão cria companhia aérea para fumantes. O nome? Smoker's International Airways (ou Smintair). Boa pauta.

Os chefs vão ao cinema

O recurso é meio batido, mas é legal ver como foi realizado. O Washington Post exibiu para chefs de cozinha o filme "Sem Reservas", uma comédia romântica em que a atriz Catherine Zeta-Jones interpreta uma chef. E, claro, pediu a opinião deles. O filme estréia amanhã nos Estados Unidos e dia 10 de agosto no Brasil. Se interessar, dá tempo de fazer igual com os chefs daqui. A matéria lembra que a temporada tem outros filmes que usam a gastronomia como tema: "This summer, food takes the spotlight in two of Hollywood biggest releases, plus a popular indie flick. Pixar's "Ratatouille" tells the tale of an ambitious rat who dreams of being a chef, while "No Reservations," which opens Friday, shows how food can bring two very different people together. "Waitress," meanwhile, casts pie as a key player in the story of an abused wife searching for liberation. Critics have proclaimed this the summer of food love: the triumph of supertasters over the Applebee's crowd. But what do the chefs think?".

Beleza plástica

A revista RSVP, editada pela Caras, traz em sua nova edição uma pequena matéria sobre cirurgia plástica na seção "SP em Números". Um trecho: "Em 2004, foram realizadas 661287 cirurgias plásticas no Brasil, sendo 59% para fins estéticos. (...) Só na cidade de São Paulo foram 126815 intervenções." E tem mais, no Brasil: 198137 lipos, 117759 cirurgias de mama e 100227 de face. Quem for fazer matéria sobre esse tema deve dar uma olhada no site Make Me Heal, uma comunidade online criada especialmente para consumidores (e admiradores) de cirurgias plásticas. O pessoal promove até um concurso de beleza, imagine. Uma das categorias é "melhor aumento de seios" - ou coisa parecida.

O melhor jogo da sua vida

Uma idéia boa no site da Sports Illustrated: a revista pediu para que editores e colunistas escrevessem sobre o melhor jogo que eles já viram. Tudo bem que eles têm vários esportes chatos, mas coloco aqui pelo interesse jornalístico. Alguns textos são bem bons. Seria legal ver um time de jornalistas esportivos brasileiros fazer o mesmo.

quarta-feira, 25 de julho de 2007

Os 50 robôs mais legais do cinema

Aproveitando o gancho da estréia de "Transformers", o Times de Londres fez uma lista dos 50 robôs mais bacanas do cinema. HAL 9000 ("I know you and Frank were planning to disconnect me, and I'm afraid that's something I cannot allow to happen") de "2001, Uma Odisséia no Espaço", o meu favorito, ficou em segundo lugar. Não era bem um robô, mas tudo bem, dá para entrar na lista. OK.

O retorno de Confúcio à China

Um dos sábios mais influentes da história, Confúcio volta a influenciar os chineses depois de muito tempo. A correspondente do Washington Post fez uma reportagem sobre o assunto, mostrando que a situação da China contemporânea é um facilitador para a atual popularidade do confucionismo: "With the fast economic growth, many people have become selfish and have no morality," said Ren Xiaolin, founder of the Zhengzhou Young Pioneers school, which Guan's son attends. "This has created a need for Confucianism. . . . The change is overwhelming and many Chinese can't get used to it. It's created a clash of values." Pauta interessante e uma boa oportunidade para relembrar alguns pontos fundamentais da filosofia do pensador. Num mundo como o de hoje, sempre dá leitura.

Cresce o número de motoqueiras

Nos Estados Unidos, as vendas de motocicletas para mulheres aumentaram muito nos últimos anos. A Harley-Davidson tem aproveitado a tendência, como mostra esta reportagem do New York Times publicada na edição de hoje. A empresa tem até um site especial só para as consumidoras. Seria interessante investigar esse mercado no Brasil, já que as vendas de motos, no geral, têm crescido por aqui.

O Rádio 1.0 na Web 2.0

Quem estiver fazendo matéria sobre rádios na internet não pode deixar de olhar a TUN3R, uma incrível rádio virtual AM/FM. Com um pequeno dial na cor laranja é possível passear por estações do mundo todo, como uma da Rússia e outra da China. A navegação é ótima. Dá também para procurar direto pelos países ou por uma lista de músicas, mas usar o dial simula a experiência de brincar com um aparelho bem antigo, o que é bem mais divertido - e nostálgico.

As entrevistas da BBC

Não sei se muita gente conhece o arquivo de entrevistas em áudio da BBC, então aproveito para publicar a dica. Na seção de arquitetura, por exemplo, há conversas com alguns grandes nomes como Gropius, Le Corbusier (foto), Mies van der Rohe, Richards, etc. Navegue também pelas entrevistas com cineastas, escritores, filósofos, compositores... é uma boa fonte de pesquisa para jornalistas, pode acreditar.

Não entre no vermelho

O stress causado por problemas financeiros pode levar uma pessoa a ter problemas físicos e mentais, dizem os especialistas no assunto. Parece um pouco óbvio, mas o tema interessa a muita gente. Leia aqui.

terça-feira, 24 de julho de 2007

O "videomaker" e a internet

Muito boa a tese desta matéria publicada hoje no Village Voice: "Is YouTube bad for experimental video art?".

A economia do pop

Robert Sandall, que foi diretor de comunicação da Virgin Records de 1996 a 2002, escreveu uma interessante matéria para a revista Prospect de agosto sobre o atual estado da indústria fonográfica e sua nova cadeia de valores. Muito do que ele fala já foi dito lá e cá, mas é uma boa fotografia do mercado e pode ajudar quem estiver pensando numa pauta sobre o assunto. Fica a dica. Um trecho: "The industry that for years appeared to possess a licence to print money is reeling. The "big four" labels—Sony/BMG, Warner Music, EMI and Universal—have in recent years embarked on cost-cutting operations leading to major culls of staff: EMI's recorded music division has shrunk by almost half since 2001, from 9,388 employees worldwide to 4,818 today. Meanwhile, a senior industry executive reports that of this year's breakthrough British acts, just one, Mika, will make money for his record company. This decline in fortunes has been noticed in the financial markets: EMI is being bought up by private equity group Terra Firma, for £3.2bn."

Medo de avião

Uma matéria publicada no New York Times de hoje sobre "aviophobia" (medo de voar de avião) e terapias usadas no tratamento do problema pode inspirar outras pautas sobre o tema. Vale dar uma olhada.

O verdadeiro "deadline"

Coloco este texto aqui mais pelo interesse jornalístico: a editora de obituários da revista The Economist escreve sobre o seu dia-a-dia. Muito bom: "In this strange age―where we fear death from left-behind back-packs and parked cars, and where we watch the deaths of strangers on the evening news but shrink from attending the deaths of our friends―obituarists have the easier cases. I deal generally with natural mortality in lives full of years and doings. But whether death comes slowly and privately, or randomly and publicly, its cause is not what most interests me. The vital question is, what next?".

Hospitais de luxo. Para gatos e cachorros.

Isso é coisa de país muito rico, claro: dois hospitais veterinários de Nova York disputam uma clientela disposta a gastar o que for preciso para cuidar de seus animais de estimação. O New York Times fez matéria: "Nowhere is the competition for deep-pocketed pet owners more apparent than at the city’s leading specialty hospitals. NYC Veterinary Specialists touts its $1.25 million dollar linear accelerator for radiation therapy and shows off a $750,000 M.R.I. and $350,000 CT scan machine. Across town, the Animal Medical Center says it is planning to install its own linear accelerator and upgrade its M.R.I. It trumpets its hemodialysis clinic for pets with kidney disease and a new $300,000 rehabilitation clinic with an underwater treadmill". Na foto, cachorro faz uma espécie de terapia debaixo d'água no Animal Medical Center.

Sacola raio-x

Esta sacola "Xposed", que brinca com a tecnologia de segurança dos aeroportos, pode interessar às leitoras de revistas e de suplementos femininos. São três tipos diferentes, todos bem-humorados, como mostra a foto ao lado. A partir de US$ 7,99 na Perpetualkid.com. Via Popgadget.

Deixem as crianças em paz

O antropólogo americano David Lancy, professor da Utah State University, daria uma boa entrevista. Para ele, a idéia de que os adultos precisam brincar com os filhos é uma invenção do mundo contemporâneo. E a maioria da população do planeta parece concordar. Alguém poderia falar com Lancy e com alguns psicólogos sobre o tema. Dá um bom debate. O Boston Globe foi atrás: "American-style parent-child play is a distinct feature of wealthy developed countries - a recent byproduct of the pressure to get kids ready for the information-age economy, Lancy argues in a recent article in American Anthropologist, the field's flagship journal in the United States. 'Adults think it is silly to play with children' in most cultures, says Lancy. (...) Play is a cultural universal, he concedes, "but adults aren't part of the picture'".

Uma história das camisetas de banda

O recém-lançado livro, "The Art of the Band T-shirt", de Amber Easby e Henry Oliver, se propõe a ser uma história visual das camisetas de bandas em todos os tempos. Acho que rende uma ótima pauta para jornais ou revistas, já que essa peça de roupa continua fazendo sucesso por aí, entrando e saindo de moda conforme a época. Segundo eles, a primeira camiseta do gênero que existiu foi uma do Elvis, em 1956. A minha favorita é uma do Jane's Addiction, circa 1993, com umas mulheres flamejantes estampadas. Ah, por falar nisso amanhã é aniversário de lançamento do álbum "Back in Black", do AC/DC. Já vi muita camiseta desse disco por aí.

O homem do buraco

Fiona Watson, da Survival International, foi convidada pela Funai para ir até Rondônia checar se o "homem do buraco", como é conhecido um índio que vive solitário na região, estava vivo. Achou o lugar em que ele mora mas não conseguiu vê-lo. O documentarista e indianista brasileiro Vincent Carelli, coordenador do interessante projeto Vídeo nas Aldeias, conseguiu filmá-lo em 1998. A história foi parar no blog da New Cientist.

segunda-feira, 23 de julho de 2007

Uma Barbie 2.0 para as garotas

Uma nova Barbie chega às lojas dos Estados Unidos esta semana trazendo acessórios que dizem muito sobre os novos tempos. A boneca, menorzinha e com um formato mais contemporâneo do que aquela que todos conhecem, funciona como tocador de mp3. Além disso, quando plugada numa base que acompanha o kit (mais ou menos como as bases para iPods), dá acesso a jogos, a lojas virtuais e a salas de bate papo que estão disponíveis no site BarbieGirls.com. O New York Times fez uma reportagem sobre o novo lançamento. E conta que esse tipo de produto é uma nova maneira de cobrar por conteúdo online. Ao invés de fazer com que as garotas peçam o número do cartão de crédito dos pais para usá-lo online, o fabricante manda a família para uma loja de brinquedos de verdade. Muito espertos.

A biblioteca de Bagdá

Outro personagem bem interessante para uma matéria: a British Library está postando em seu site o diário do Dr. Saad Eskander, diretor da Biblioteca Nacional do Iraque (foto), em Bagdá. Ele detalha os obstáculos que tem de enfrentar todos os dias para manter a principal biblioteca iraquiana aberta (e, claro, continuar vivo).

A tecnologia do orgasmo

Um documentário sobre a história dos vibradores. Boa pauta. O San Francisco Chronicle fez matéria.

O anonimato na internet

O espírito do tempo: duas publicações diferentes abordaram um tema semelhante, o anonimato na internet. A New York fez reportagem mostrando que está cada vez mais fácil viver uma vida dupla. A revista encontrou um homem casado que marca encontros com gays pela web. A Time escreve sobre John Mackey, CEO da Whole Foods, que postava mensagens públicas na página de finanças do Yahoo falando sobre a empresa dele, usando um pseudônimo. “Quando você posta na internet, ninguém sabe se você é um CEO ou um Zé Mané. Isso é ruim?”, pergunta a revista. O assunto pode render.

Polêmica em Israel

David Remnick, editor-chefe da New Yorker desde 1998, escreveu na última edição da revista uma longa reportagem sobre o político israelense Avraham Burg. A matéria foi apurada em Jerusalém. Burg causou polêmica em Israel ao dar uma entrevista para o Ha' aretz, quando divulgava seu livro "Deafeating Hitler". Escreve Remnick: "Burg warns that an increasingly large and ardent sector of Israeli society disdains political democracy. He describes the country in its current state as Holocaust-obsessed, militaristic, xenophobic, and, like Germany in the nineteen-thirties, vulnerable to an extremist minority." Vale tanto pelo tema quanto pelo texto do autor de "Dentro da Floresta".

"Fatal Femmes Fighting"

A mais recente edição da Time publicou uma matéria sobre uma novidade no mundo do esporte: mulheres resolveram montar sua própria liga de "ultimate fighting". Não vi o assunto tratado por aqui e acho que vale correr atrás, já que a luta é muito mais violenta do que o boxe. A versão online traz uma ótima galeria de fotos. Um trecho da reportagem: "The women fighters are feral. 'To be able to potentially break somebody's arm is pretty cool for me,' says Jessica Pene, an Orange County, Calif., makeup artist by day who won her recent Fatal Femmes bout. The raucous Femmes crowd, an eclectic, testosterone-heavy mix of bachelor-party drunks, white-collar MMA fans and even a few young girls, ooohed every choke hold and kick to the face. Says James Jackson, an aerospace worker and MMA fan: 'They're almost more brutal, more barbaric, than the guys'."

Fotografia e arte

Gostei muito do trabalho de Martin Klimas, especialista em fotografar imagens em alta velocidade. Quem se interessar pode entrar em contato com ele por meio do site (lá tem o telefone, o e-mail e um monte de fotos bacanas). Dá também para baixar o portfólio dele (tem 3MB). Imaginei várias capas de revistas que ele poderia fazer.

Bolsa de mulher

Esta bolsa compartimentada, a Butler Bag, pode resolver o problema de várias leitoras. Eu não conhecia (foi lançada no ano passado, portanto não deve ser nenhuma novidade, mas posto aqui). Confesso que acho invejável a idéia de poder organizar a imensidão de miudezas que temos de carregar hoje em dia. Sorte das mulheres. Via Popgadget.

domingo, 22 de julho de 2007

"A Pior Companhia Aérea do Mundo"

O departamento de relações públicas da TAM ficará ainda mais atordoado ao ler o artigo de Elizabeth Spiers publicado na edição de hoje do Washington Post, relatando uma experiência péssima que ela teve ao viajar com a companhia. O título (reproduzido aí em cima, entre aspas) já dá pistas sobre o tom do texto. Leia aqui.

Siga os mentores dos seus mentores

Boa pauta de negócios: investigar as bibliotecas particulares de importantes executivos de empresas para ver quais autores fazem a cabeça deles. O The New York Times fez (leia aqui) e os personagens da matéria de Harriet Rubin podem até servir para uma comparação com os colegas brasileiros.

O debate nos EUA sobre o Iraque

Muito bom o artigo "Iraq hasn't even begun", de Timothy Garton Ash, publicado pelo Los Angeles Times. Algum jornal daqui poderia traduzir. Um trechinho: "The U.S. has probably not yet fully woken up to the appalling fact that, after a long period in which the first motto of its military was "no more Vietnams," it faces another Vietnam. There are many important differences, but the basic result is similar: The mightiest military in the world fails to achieve its strategic goals and is, in the end, politically defeated by an economically and technologically inferior adversary. "

O melhor remédio

Um personagem interessante para uma entrevista: Robert Previne, professor de psicologia e neurociência na Universidade de Maryland e especialista em risadas há mais de uma década. É certamente um bom tema para tempos sombrios como os de hoje. E dá leitura. A revista Discover fez uma matéria com ele. Veja um trecho: "As his research progressed, Provine began to suspect that laughter was in fact about something else—not humor or gags or incongruity but our social interactions. He found support for this assumption in a study that had already been conducted, one analyzing people’s laughing patterns in social and solitary contexts. “You’re 30 times more likely to laugh when you’re with other people than you are when you’re alone—if you don’t count simulated social environments like laugh tracks on television,” Provine says. Think how rarely you’ll laugh out loud at a funny passage in a book but how quick you’ll be to give a friendly laugh when greeting an old acquaintance".

Eu queria ser uma mosca

Engenheiros de Harvard criaram uma mosca robô que poderá ser usada como espiã. Ok.

Assunto proibido?

Curiosidade dominical: um curta-metragem feito nos anos 60 com o objetivo de alertar as famílias norte-americanas contra os perigos da pornografia. Na minha opinião, eles conseguiram exatamente o contrário. Ah, o filme mostra edições raras de revistas pornográficas, a maioria delas desconhecida aqui no Brasil. Vale olhar, é bacana.
Circular: "Os editores lamentam informar que não poderão receber visitantes que se apresentem visivelmente inebriados." (da redação da Smart Set, por H.L. Mencken, circa 1920)

sábado, 21 de julho de 2007

Oásis no aeroporto

O primeiro Yotel, uma espécie de hotel-cápsula no estilo japonês, abriu no mês passado em Londres, no aeroporto de Gatwick. Muita gente anda ligando para reservar uma das 46 cabines por apenas algumas horas, antes de embarques matinais ou mesmo já prevendo atrasos nos vôos. Aliás, imagino que esse seja o nicho de mercado mais promissor. O design é lindo e o hóspede tem TV, Wi-Fi e serviço de quarto. O preço: uns 50 dólares por quatro horas na cabine mais simples. Quem cobre turismo deveria testar o serviço. E, se for bom, sugerir que alguém importe imediatamente para o Brasil.

Depois do carro, o jeans para o tiozão

O Wall Street Journal informa que os fabricantes de calças jeans estão de olho no mercado de homens com mais de 40 anos. A reportagem diz que as vendas nessa faixa cresceram no último ano (ao contrário do que aconteceu entre os mais jovens) e por isso as grifes estão se adaptando para atrair esse perfil de consumidor, que muitas vezes se sente perdido entre tantos cortes e lavagens: "In an effort to appeal to the over-40 crowd, many jeans makers are trimming back the intimidating array of basic jeans choices that overwhelm some men. They're taking edgy and fashion-forward shapes out of what they call their core lines to make it easier for older men to find comfortable jeans that don't make them look like they're trying to dress like a teenager." Boa pauta.

sexta-feira, 20 de julho de 2007

Amor no Irã

Após passar 11 anos na cadeia por ter vivido uma relação adúltera, iraniano é apedrejado até a morte. Sua parceira, que também passou 11 anos presa, deve ser a próxima. A Anistia Internacional está tentando salvá-la. Tem uma boa história aí.

Uma história da lingerie

Uma sugestão para quem escreve sobre moda: que tal uma entrevista com Jill Fields, professora de história e pesquisadora da California State University? Ela é a autora do recém lançado “An Intimate Affair – Women, Lingerie, and Sexuality”, um detalhado estudo sobre a roupa íntima feminina. Daria uma matéria interessante. Uma questão: como as peças usadas hoje em dia refletem o atual contexto histórico vivido pelas mulheres? Dá um samba, acho.

Tattoos para nerds


Rende uma boa nota em qualquer mídia: tatuagens para nerds, geeks e hackers, vendidas no site Archie McPhee. Uma cartela com 16 sai por US$ 7,95. Sem medo, são "tranfers". E "Caffeine" parece realmente uma boa idéia para o meu braço a esta hora da manhã. Via popgadget.

No mundo dos críticos

Um ferramenta interessante para jornalistas e consumidores de cultura: o site Metacritic reúne críticas de cinema, música, TV, etc. Boa fonte para pesquisas.

A homogeneização industrial do chocolate

Este artigo do sociólogo Carlos Alberto Dória sobre chocolate, publicado no Trópico, pode inspirar uma reportagem sobre o assunto. “A tensão que ele (o chocolate) introduz no comer é a base de uma próspera indústria, hoje monopolista e que levou os seus sabores a todos os cantos da Terra. No entanto, essa expansão se deveu justamente à fixação de uma solução engenhosa para o desejo que o chocolate desperta; ele foi, a um só tempo, infantilizado e brutalizado”. Ótima reflexão.