Na capa da Rolling Stone americana, matéria de David Fricke sobre a volta do Led Zeppelin. Ele acompanhou alguns ensaios da banda. Tem um trecho da reportagem no site. E fotos clássicas. A edição brasileira deve publicar, imagino.
sexta-feira, 30 de novembro de 2007
Jogo de guerra no Rio de Janeiro
Muito bom: o designer carioca Fabio Lopez inventou o jogo "War in Rio", a versão brasileira do "War". O objetivo é "conquistar 24 favelas à sua escolha". Por que a Grow não pensou nisso? Ótima pauta para os jornais. (Atualização: o Estadão deu hoje, página C10. Ponto)
Com estilo
O New York Times lançou um hotsite para a revista de estilo que o jornal publica, a "T". Vale olhar. Para quem se interessa, tem uma entrevista com Natalie Portman.
Trilha sonora para a sexta-feira
Hoje é sexta, então lá vai: uma página que reúne vários vídeos de bandas do "pós punk", como The Smiths, Joy Division, Bauhaus, The Cramps, The Cure, etc. Acesse "Classic Post-Punk Music Videos".
Sobre nossos erros
Bacana este texto: "The Many Errors in Thinking About Mistakes". Escreve a autora: "We grow up with a mixed message: making mistakes is a necessary learning tool, but we should avoid them." Bom tema.
quinta-feira, 29 de novembro de 2007
A filosofia do vinho
Sugestão de leitura: a resenha do livro "Questions of Taste - The philosophy of wine", publicada no Times de Londres.
O mundo em 2008
Imperdível o especial de perspectivas que a Economist lançou, "The World in 2008". Dá para passar um bom tempo por lá. Acesse. Um dos destaques é o "Forecast for 80 countries" (PDF, 1.1 MB), que inclui nós aqui da parte de baixo.
Sobre a mentira
Uma das matérias mais lidas do Washington Post nesta semana: "The Truth About Lying -- Our Lives Are Filled With Untruths. But Why Do We Lie, And How Can We Tell When Others Are Full of It?". Ótimo tema. Valeria traduzir e publicar por aqui. Um trecho: "Everybody lies -- every day; every hour; awake; asleep; in his dreams; in his joy; in his mourning," Mark Twain wrote in his 1882 essay "On the Decay of the Art of Lying." Much of the time we don't even know it. Lying is a necessary, near-involuntary practice that keeps the fabric of society from unraveling. Example: "How are you?" a co-worker asks. "Fine, thanks," you say, when in truth you're not fine. Life is a hellish morass, and this person is getting in the way of your dutiful self-pity. But to respond in such a dour manner would turn a passing pleasantry into an awkward, socially debilitating episode."
Circular: "É preciso estar sempre embriagado. Tudo se resume a isso: é a única questão. Para não sentir o horrível fardo do Tempo, que te pesa sobre os ombros, e que te inclina sobre a terra, é necessário que te embriagues sem trégua. Mas de quê? De vinho, de poesia ou de sabedoria, a tua escolha. Mas embriaga-te. E se alguma vez, nas escadarias de um palácio, ou sobre a relva verde de uma encosta, na solidão morna do teu quarto, tu acordares, a embriaguez já semidesfeita ou já extinta, pergunta ao vento, à onda, à estrela, ao pássaro, ao relógio, a tudo que flui, a tudo que geme, a tudo que gira, a tudo que canta, a tudo que fala, pergunta que horas são; e o vento, a onda, a estrela, o pássaro, o relógio te responderão: ‘É hora de embriagar-te! Para não seres escravo regido pelo Tempo, embriaga-te sem cessar!’” (Charles Baudelaire)
quarta-feira, 28 de novembro de 2007
Comer carne é bom
Ah, os prazeres de ser carnívoro. A New Yorker separou três livros para falar do assunto na matéria "Red, White, and Bleu -- What do we eat when we eat meat?". Estou sem tempo pra resumir. Vai lá. O texto começa com a seguinte pergunta: "Is it possible that meat is now openly enjoying a renaissance—that it’s finally cool to be a carnivore?" Um pouco mais adiante aparecem os livros: "Three books by authors from three backgrounds—a farmer, a chef, and a pig-slaughtering, bacon-loving descendant of butchers—are remarkably alike in their gleeful chauvinism about being carnivores."
Vida digital
Para os jornalistas e webeiros em geral: a editora digital do New York Times, Fiona Spruill, está sendo sabatinada pelos leitores do jornal. Neste link dá para ler as perguntas e respostas que surgiram até o momento. O jornal descreve assim o trabalho dela: "Ms. Spruill manages The Times’s Web newsroom, which is made up of the 60 producers and editors who are responsible for publishing NYTimes.com 24 hours a day. Her staff is focused on creating a site that takes full advantage of the online medium by creating original multimedia, encouraging reader participation and packaging the news in smart ways."
O glamour do vestido preto
Sugestão de pauta para quem escreve sobre moda: o livro "The Black Dress", de Valerie Steele. A autora é diretora do museu do Fashion Institute of Technology. Rende uma boa entrevista. Palavra dos editores: "Glamorous or modest, seductive or practical, chic and versatile, elegant, powerful, modern, and never out of style, the black dress has been the foundation of a woman's wardrobe for centuries. The allure of the black dress has captured the imagination of generations of couturiers and artists and served as the signature of society's most enviably dressed women."
A terapia do MDMA
O ecstasy pode ser usado no tratamento de "post-traumatic stress disorder"? O Washington Post levantou essa questão na matéria "The Peace Drug". "Post-traumatic stress disorder had destroyed Donna Kilgore's life. Then experimental therapy with MDMA, a psychedelic drug better known as ecstasy, showed her a way out. Was it a fluke -- or the future?"
Mestres do kung fu
O fotógrafo Justin Guariglia fez um ensaio com monges do templo Shaolin e lançou um livro sobre o tema. Vale dar uma olhada.
"Une Chaise à Tokyo"
Uma música francesa para a quarta-feira: "Une Chaise à Tokyo", de Benjamin Biolay. O clipe é ótimo. Via Comunismo da Forma.
Circular: "Estamos habituados a associar a noção de êxtase aos grandes momentos místicos. Mas existe o êxtase cotidiano, banal, vulgar: o êxtase da raiva, o êxtase da velocidade ao volante, o êxtase do atordoamento pelo barulho, o êxtase nos estádios de futebol. Viver é um pesado esforço contínuo em não se perder a si mesmo de vista, em estar sempre solidamente presente em si mesmo, em sua stasis. Basta sair um pequeno instante de nós mesmos para tocarmos o domínio da morte." (Milan Kundera)
terça-feira, 27 de novembro de 2007
Turismo em Honduras
O Wall Street Journal diz que Roatán, Honduras, é o próximo destino da moda. "Though most Americans have never heard of Roatán, the place is well on its way to becoming the region's next "it" spot. Cruise companies, airlines and foreign real-estate investors are moving in, bringing new construction projects -- and potentially hundreds of thousands of tourists -- with them."
A ioga facial
Mais uma invenção do mundo contemporâneo: ioga facial. Saiu na Time. "For people who deem needles too scary and surgery too drastic, the latest anti-aging fad may appeal: facial yoga. Based on the premise that facial muscles, like any other muscle, need exercise to stay toned, enthusiasts of facial yoga say the regular practice of making kissy faces or wagging one's tongue can reduce worry lines and wrinkles — and even create a little peace within". Leia aqui.
A música e o kitsch
Uns minutos de pop bem kitsch para começar a terça-feira: Michael Zager Band, "Let's all chant". O clipe é ótimo. Peguei no YouTube francês.
Circular: "Por não sabermos quando vamos morrer, costumamos encarar a vida como um manancial inesgotável. Porém tudo acontece apenas certo número de vezes, na verdade um número bem pequeno. Quantas vezes você ainda vai recordar uma certa tarde de sua infância? Aquela tarde tão profundamente entranhada no seu ser que você sequer poderia conceber sua existência sem ela. Talvez quatro ou cinco vezes mais, ou nem isso. Quantas vezes você ainda vai ver surgir a lua cheia? Talvez vinte, e no entanto até isso dá a impressão de não ter limite." (Paul Bowles em "O Céu que nos proteje").
segunda-feira, 26 de novembro de 2007
Outro lançamento que dá matéria é "Playboy: The Complete Centerfolds", um livro enorme que traz todos os pôsters publicados na história da edicão americana da Playboy. São mais de 600 mulheres (a foto acima é de 1970, ano em que eu nasci). Nas mãos do colaborador certo, pode render um ótimo texto sobre a evolução do conceito de belo, ao menos entre os editores e fotógrafos da revista. Palavras do editor: "We've reproduced these Centerfolds exactly as they appeared in the magazine to create a full-size, deluxe volume. Paging through this colossal, chronological collection provides a breathtaking view of our evolving appreciation of the female form: from the fifties fantasy of voluptuous blondes to the tawny beach girls of the seventies to the groomed and toned women of today. Housed in a handsome leather briefcase lined with velvet, this impressive tome is the ultimate indulgence for every passionate collector." Repare na "pasta de executivo" que vem com o livro. PS: A edição brasileira poderia lançar um versão nacional. Seria um sucesso.
O pai do Ultraman
Este livro recém lançado vale ao menos uma boa nota: "Eiji Tsuburaya: Master of Monsters". Para quem não conhece o assunto, Eiji é a mente brilhante por trás de criações como Godzilla, Mothra e Ultraman.
O dossiê “Crime organizado"
Boa pauta que eu peguei no site da Agência Fapesp: "A revista Estudos Avançados termina o ano com uma análise profunda sobre um dos problemas mais graves e complexos do Brasil na atualidade. O dossiê “Crime organizado” é o destaque da 61ª edição da publicação do Instituto de Estudos Avançados (IEA) da Universidade de São Paulo (USP). O lançamento da revista será no dia 12 de dezembro, na sede do IEA, mas haverá pré-lançamento nesta segunda-feira (26/11), durante o Seminário Internacional sobre o Crime Organizado, realizado pelo Centro de Estudos da Violência da USP – um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepid) da FAPESP, também conhecido como Núcleo de Estudos da Violência (NEV)."
O fim da psicanálise
A psicanálise está morrendo? Uma matéria publicada no New York Times joga luz sobre o tema. Um trecho: "A new report by the American Psychoanalytic Association has found that while psychoanalysis — or what purports to be psychoanalysis — is alive and well in literature, film, history and just about every other subject in the humanities, psychology departments and textbooks treat it as “desiccated and dead,” a historical artifact instead of “an ongoing movement and a living, evolving process.”" Leia aqui.
100 opções para as férias de verão
A lista anual do New York Times com os "100 Notable Books of the Year".
Circular: " A sorte é tudo. Os acontecimentos tecem-se como as peças de teatro, e representam-se da mesma maneira. A única diferença é que não há ensaios; nem o autor nem os atores precisam deles. Levantado o pano, começa a representação, e todos sabem os papéis sem os terem lido. A sorte é o ponto." (Machado de Assis, " A Semana", 30/12/1894, Crônica)
sexta-feira, 23 de novembro de 2007
Os 100 mais da Wikipedia
Uma lista bacana: os 100 verbetes mais lidos da Wikipedia (em inglês). "List of sex positions" aparece em 17º. Curioso.
Sobre o futuro do jornalismo
Sugestão de leitura: o texto The Future of the News Business, de Mindy McAdams, publicado no blog Imagining the Future of Newspapers. Mindy dá aulas de jornalismo na Universidade da Flórida e é autora de “Flash Journalism: How to Create Multimedia News Packages”.
Brinquedinhos da "Wired"
Pensando na lista de natal, a Wired selecionou os "Top 10 Gifts We'd Love to Get". Vale uma olhada.
Como comemos
Um infográfico interessante publicado pelo Washington Post sobre o nosso sistema digestivo.
Circular: "Nada pode ser feito sem solidão. Eu mesmo criei para mim uma solidão da qual ninguém suspeita. (...) Solidão não significa recusa ao mundo. Ao contrário, quer dizer colocar-se num observatório onde todas as coisas do mundo podem penetrar, decantadas e límpidas, sobretudo sob a forma de emoções." (Pablo Picasso)
quinta-feira, 22 de novembro de 2007
As malas sumiram
Pauta publicada pelo New York Times: "Why do so many passengers get off the plane only to discover that their baggage did not make the trip with them?" Leia aqui.
Uma conversa com o Dalai Lama
Eu nunca tinha visto uma palestra do Dalai Lama. Este link traz uma (2h31, streaming) , realizada no dia 5 de novembro na Stanford School of Medicine. "The conference was moderated by Dr. Wlilliam Mobley, Cahill Professor in the School of Medicine and Director of the Neuroscience Institute at Stanford. He assembled a distinguished group of scientists and Buddhist scholars to join him in this dialogue." Bom para lincar.
Nós, humanos
O site Dream Anatomy tem uma galeria interessante não apenas para quem se interessa por ciência e medicina. Os desenhos antigos são ótimos. Via U.S. National Library of Medicine.
Para quem gosta de fotografia...
Vale olhar o trabalho do fotógrafo Joe Reifer, de San Francisco. Eu gostei da série "Night", a primeira que aparece no site.
Circular: "Como disse Eliot em The waste land: 'These fragments I have shored against my ruins'. Assim, a memória são fragmentos trazidos à praia contra minhas ruínas. Como você gosta de ouvir, falo de meu pai, de minha mãe, de meus avós, até do quarto onde nasci. Mas são sempre fragmentos, só fragmentos." (João Cabral de Melo Neto nos Cadernos de Literatura Brasileira).
quarta-feira, 21 de novembro de 2007
Um cruzeiro de luxo pelo Amazonas
Esta é uma das poucas suítes do M/V Aqua, uma embarcação para turistas que navegará no lado peruano do Amazonas a partir de janeiro. A cozinha será comandada pelo chef Pedro Miguel Schiaffino, de Lima. O preço do sonho: de US$ 1950 a US$ 4550 por pessoa. Boa pauta para o turismo. Vale dar uma olhada no site da Aqua Expeditions e pegar mais informações. Eu li sobre isso na revista especial sobre viagens que o New York Times publicou.
Alienígenas entre nós
Bem interessante esta matéria da Scientific American: "Are Aliens Among Us? -- In pursuit of evidence that life arose on Earth more than once, scientists are searching for microbes that are radically different from all known organisms". A edição brasileira deveria traduzir e publicar.
"O que tem real valor para você?"
Sugestão de leitura: a matéria "O verdadeiro luxo", de Márcia Bindo, publicada na capa da edição de dezembro da revista Vida Simples.
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A saúde da mente
Resenha publicada na The New York Review of Books trata de três lançamentos interessantes -- e cada um deles poderia render uma pauta: "The Loss of Sadness: How Psychiatry Transformed Normal Sorrow into Depressive Disorder", de Allan V. Horwitz e Jerome C. Wakefield; "Shyness: How Normal Behavior Became a Sickness"; e "Let Them Eat Prozac: The Unhealthy Relationship Between the Pharmaceutical Industry and Depression", de David Healy. Vale dar uma olhada. Leia aqui.
Silêncio é ouro
Hoje, dia 21, muita gente na Grã-Bretanha vai aderir ao No Music Day. "ipods serão deixados de lado"; "bandas de rock não tocarão"; "garotos do coral calarão a boca". Alguém poderia fazer uma versão brasileira desse evento. Leia matéria sobre o assunto.
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Circular: "De onde vem o nosso cansaço? Da clássica compressão de dezembro, em que tudo deve ser concluído às pressas, ou da súbita descompressão de janeiro, em que não se acha uma viv’alma a postos em lugar algum, e ninguém move uma palha sem antes aprovarem o orçamento? Suspeito que o cansaço vem das duas coisas combinadas, extremos tão próximos, como a ducha gelada depois da sauna, que induz ao sono. O país em TPM e, de repente, caído num torpor de ópio." (Renato Modernell em A Vida Começa na Quaresma)
terça-feira, 20 de novembro de 2007
Rosa Passos na "New Yorker"
A New Yorker desta semana publicou uma matéria elogiosa sobre a cantora baiana Rosa Passos. Leia aqui. Um trecho: "Her voice has the clarity of water, and her phrasing, all but free of vibrato and ornamentation, is colored only by the nasality that is embedded in the Portuguese language. If it isn’t the most beautiful voice, it is surely one of unusual splendor, especially bewitching in the upper register, where it suggests fragility but never breaks."
Não deu pra segurar
Homem do tempo larga o trabalho e vai ao banheiro, ao vivo. Bom vídeo para lincar.
Shakespeare na TV
A BBC vai filmar todas as 37 peças de Shakespeare. Boa pauta. Saiu no Telegraph. Um trecho: "It has enlisted Sam Mendes, Oscar-winning director of American Beauty and Road to Perdition, and his Neal Street company to produce the entire canon over a 12-year period. Some of the country's biggest stars – including Kate Winslet, who is married to Mendes, Dame Judi Dench, Sir Ian McKellen, Jude Law, Dame Helen Mirren, and James McAvoy – are being tipped to take part in what will be one of the BBC's most expensive and ambitious drama series." Leia aqui.
segunda-feira, 19 de novembro de 2007
Para mulheres estressadas
Interessante esta matéria da Economist: "The sex of a child may depend on how stressed its mother is".
O produto mais inovador de 2007
A revista Popular Science escolheu o Nanosolar como o produto "mais inovador" do ano de 2007. Leia aqui. Um trecho: "Imagine a solar panel without the panel. Just a coating, thin as a layer of paint, that takes light and converts it to electricity. From there, you can picture roof shingles with solar cells built inside and window coatings that seem to suck power from the air."
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O legado de Bush, segundo Stiglitz
Ótimo texto de Joseph E. Stiglitz, Prêmio Nobel de economia e ex-economista-chefe do Banco Mundial, na Vanity Fair de dezembro. Vale comprar e traduzir. "The Economic Consequences of Mr. Bush - The next president will have to deal with yet another crippling legacy of George W. Bush: the economy. A Nobel laureate, Joseph E. Stiglitz, sees a generation-long struggle to recoup."
Erro de cálculo
Snowboarder atropela modelo em transmissão ao vivo pela TV. Legal pra lincar, acho. Assista.
Arte na web
Para quem se interessa por arte e cultura, esta notícia que eu pesquei lá no Guardian pode interessar: "Three weeks ago, the British Museum quietly launched its comprehensive website of what it calls flat art: mostly so far its enormous collection of prints and drawings. The drawings, 50,000 of them, have all been catalogued; the prints, by no means. It is hard to say how many of them there are." O link para pesquisar está aqui.
Um podcast sobre Shakespeare
Curioso: um podcast que discute trabalhos acadêmicos sobre Shakespeare. O mais recente é este aqui: "Emma Hayley talks about adapting Shakespeare to the ancient Japanese comic art form of manga, after launching the Manga Shakespeare book series."
Circular: "Trate de saborear a vida; e fica sabendo que a pior filosofia é a do choramingas que se deita à margem do rio para o fim de lastimar o curso incessante das águas. O ofício delas é não parar nunca; acomoda-te com a lei, e trate de aproveitá-la." (Machado de Assis em Memórias Póstumas de Brás Cubas).
domingo, 18 de novembro de 2007
Jeff Bezos e o futuro da leitura
Jeff Bezos, da Amazon, quer reinventar o último dos produtos analógicos: o livro. A Newsweek colocou a história na capa da sua mais recente edição -- e o assunto deve repercutir. Um trecho sobre a novidade: "This week Bezos is releasing the Amazon Kindle, an electronic device that he hopes will leapfrog over previous attempts at e-readers and become the turning point in a transformation toward Book 2.0. That's shorthand for a revolution (already in progress) that will change the way readers read, writers write and publishers publish." Leia a matéria "The Future of Reading".
Pãozinho caseiro
Esta escola, na Toscana, ensina o aluno a preparar pães caseiros. "Join our master bakers in rural Tuscany and learn the secrets of baking English and European breads. You'll use fresh local ingredients to bake everything from sourdough to Italian delicacies." Li hoje no site do New York Times, na editoria de Turismo (que tem até uma matéria sobre a Bahia sugerindo "Ivete Sangolo", com "o", como atração musical).
Vídeos de guerra
O espírito do tempo: o site Militaryvideos.net é uma espécie de YouTube para soldados. Tiroteios, lançamentos de bombas, etc. Vale dar uma olhada.
Circular: "Perdemos o maior prazer de todos que é o prazer de sermos nós mesmos. O amor pelo dinheiro, se tornar um rato numa cultura guiada pelo consumo destes tempos, faz de nós fraudes. Quando passamos a maior parte de nossas horas acordados num trabalho, fingindo que gostamos do trabalho, fingindo que gostamos de nosso chefe, fingindo que estamos interessados no nosso trabalho, então o fingimento se torna um estilo de vida. Nós nos tornamos o que T.S. Eliot chamava de "homens ocos". Quase tudo o que consumimos, quase tudo o que compramos é placebo. Esses produtos de uma cultura consumista vazia é que são as verdadeiras drogas perigosas. Nossa "guerra contra as drogas" deveria ser contra essas coisas." (Nick Tosches, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo sobre A Última Casa de Ópio)
quinta-feira, 15 de novembro de 2007
A internet está matando a reportagem
Matéria de David Leigh, do Guardian, diz que a internet está acabando com o repórter (ou ao menos com o jornalista investigativo). Um bom tema para as faculdades debaterem, acho. Deixo um trecho aqui: "Andrew Marr asked if all news organisations were cutting back. "Yes, indeed," said the BBC's veteran international correspondent John Simpson. "Reporters are under real threat. More than ever before. They [media owners] say, 'You're not needed — we just want people's opinions about what's happened, not the facts.' I'm becoming an endangeredspecies and people are less and less interested in the wider world." Max Hastings, ex-editor of the Daily Telegraph and the London Evening Standard, said: "It's even more true in newspapers. All sorts of areas of the world are now thought to be too boring to keep a correspondent there. The commentariat has taken over." Leia aqui.
Circular: "Desde os tempos imemoriais, a principal questão da prática (do zazen) tem sido ter uma mente limpa, tranquila, sob qualquer circunstância. Mesmo quando você está comendo algo bom, sua mente deve estar suficientemente tranquila para apreciar o trabalho de preparar a comida e o esforço de dispor os pratos, os hashi, as tigelas e tudo o mais que usamos. Com a mente serena, conseguimos apreciar o sabor de cada legume, um a um. Não colocamos muito tempero, de modo a apreciar a virtude de cada legume. É assim que cozinhamos e comemos." (Shunryu Suzuki, autor de "Mente Zen, Mente de Principiante")
quarta-feira, 14 de novembro de 2007
No mundo de Dilbert
A Wired promoveu um concurso para escolher o mais triste (deprê, se preferir) "cubículo" de trabalho (ou "baia", como chamam lá na empresa). Veja aqui quem ganhou e conheça também os outros finalistas.
Hits da era do YouTube
Uma lista batuta (com links para vídeos) da revista PC World: "Greatest Hits of Viral Video - From crooning politicians to a grocery store manager who can crush windpipes with his mind, these are the greatest hits of the YouTube Age". É a parte 1 de uma série de 5 coletâneas. Tem coisas antigas (na velocidade da internet, claro, como os Back Dorm Boys ou a lonelygril15 - foto) mas vale olhar.
Ignorância seletiva
Este tema dá uma boa pauta: "Too Much Information? Ignore It". A matéria foca em Timothy Ferriss, autor de "The 4-Hour Workweek". Um trecho: "After reading Mr. Ferriss’s recent best seller, “The 4-Hour Workweek” (Crown), Jason Hoffman, a founder of Joyent, which designs Web-based software for small businesses, urged his employees to cut out the instant-messaging and swear off multitasking. From now on, he told them, severely restrict e-mail use and conduct business the old-fashioned way, by telephone".
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Um blog sobre o futuro dos jornais
Bom para que acompanha de perto o mundo do jornalismo impresso: a A Newspaper Association Of America acaba de lançar o blog "Imagining the Future of Newspapers". Um dos editores escreve: "Some observers are mired in the haze, predicting the imminent demise of the local newspaper franchise. But other more thoughtful visionaries see brighter days ahead, if newspapers embrace market trends and re-think product, marketing and organizational strategies." Vale olhar.
Bicho-papão
Mais um item que entra para a lista dos "medos de criança": as descargas automáticas das privadas (cada vez mais comuns nos lugares públicos, ao menos nos Estados Unidos). "Unlike their antiquated, manually operated predecessors, the toilets can flush at the slightest movement, and emit a high-pitched whine that, to some ears, sounds like a cat being strangled." Os guris não estão preparados para o susto, explica a matéria do Times de Nova York.
A revista acaba (mas o site continua)
Circular: "Quando eu tinha dez anos, levava para a escola a chave de casa, porque voltava antes dos meus pais, que às vezes trabalhavam até tarde. Numa noite de inverno, quando cheguei na porta de casa, procurei a chave e não achei. A casa estava isolada. A noite caía. Estava sem a chave. Fiquei esperando na frente de casa, uma hora, duas horas, três horas. Meus pais não chegavam. Achei que nunca mais fossem voltar. Pus-me a chorar. Sentia-me muito sozinho, abandonado, exilado, infeliz. Finalmente meus pais chegaram: “Por que você está chorando? Como vimos que você tinha esquecido a chave, deixamos a porta aberta”. Empurrei a porta. Ela estava aberta. Não tinha nem sequer pensado em tentar abri-la sem a chave." (Pierre Lévy em "O Fogo Liberador")
terça-feira, 13 de novembro de 2007
O mundo depois de 2012
Em maio deste ano, a revista New Yorker organizou o evento “2012: Stories From the Near Future”, uma série de palestras com profissionais que, de alguma forma, já estão atuando na vanguarda em suas especialidades (como é o caso do curador Hans Ulrich Obrist (foto), da Serpentine Gallery, e de Anthony Atala, diretor do Wake Forest Institute for Regenerative Medicine). O site da revista acaba de disponibilizar várias dessas palestras e entrevistas. Por enquanto são 17 vídeos. Muito bons.
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Para ler na cadeia
Achei no site da Folio esta matéria sobre a revista Prisonworld, uma publicação para presidiários. Foi lançada em junho e já dobrou o número de páginas desde então. É um mercado e tanto, ao menos nos Estados Unidos. "Since its launch in June, Prisonworld magazine—created to form and serve a community of incarcerated readers—has doubled in page size, from 16 for the first to 32 for the next, and estimates a readership of 250,000. The magazine is shipped to more than 300 institutions in the country and has garnered 3,000 subscribers in the general public, somewhat by default." Falando nisso, achei estas fotos em alta resolução do corredor da morte da penitenciária de San Quentin. A luz verde na sala de execução é de causar arrepios.
Uma massagista milionária
Uma daquelas histórias que todo mundo gosta de ler: uma mulher é contratada para trabalhar no Google como massagista, em regime de meio período. Parte do pagamento ela recebe em ações da empresa. Isso foi em 1999. Anos depois, com a valorização da empresa, ela ficou milionária. Leia aqui.
Circular: "Nesta sala atulhada de mesas, máquinas e papéis, onde invejáveis escreventes dividiram entre si o bom senso do mundo, aplicando-se em idéias claras apesar do ruído e do mormaço, seguros ao se pronunciarem sobre problemas que afligem o homem moderno (espécie da qual você, milenarmente cansado, talvez se sinta um tanto excluído), largue tudo de repente sob os olhares a sua volta, componha uma cara de louco quieto e perigoso, faça os gestos mais calmos quanto os tais escribas mais severos, dê um largo "ciao" ao trabalho do dia, assim como quem se despede da vida, e surpreenda pouco mais tarde, com sua presença em hora tão insólita, os que estiveram em casa ocupados na limpeza dos armários, que você não sabia antes como era conduzida." (Raduan Nassar em "Aí pelas Três da Tarde")
segunda-feira, 12 de novembro de 2007
Ginástica faz bem para o cérebro
Bom este texto ("Exercise on the Brain") publicado na página de opinião do New York Times: "Instead of spending money on computer games or puzzles to improve your brain’s health, invest in a gym membership."
Sobre a legalização da maconha
A Time conta que algumas cidades americanas estão combatendo o "proibicionismo" em relação à maconha: "Two municipalities — Denver, Colorado, and the small town of Hailey, Idaho — passed pro-marijuana measures on election day this week, joining a growing number of liberal localities that are reducing or removing penalities on using pot. It's part of a slowly evolving populist rehabilitation of the drug". Ainda no calor do filme "Tropa de Elite", é um bom assunto para uma reflexão. Leia a reportagem.
Circular: “Os maiores e mais importantes problemas da vida são, no fundo, insolúveis; e deve ser assim, uma vez que exprimem a polaridade necessária e imanente a todo sistema auto-regulador. Embora nunca possam ser resolvidos, é possível superá-los mediante uma ampliação da personalidade.” (Carl Jung)
sábado, 10 de novembro de 2007
Circular, 2ª edição (porque hoje é sábado): "(...) Ela afirmava que eu era cândido, ingênuo. Dizia que há três personagens fundamentais no mundo: Hamlet, Dom Quixote e Aquiles. Aquiles é o homem da terra, que vive suas paixões. Dom Quixote é o homem que luta pelos seus sonhos e Hamlet é o que duvida de tudo. Para ela, eu era um pouco Aquiles e um pouco Hamlet, mas nem um pouco Dom Quixote." (Alberto Moravia sobre Elsa Moravia, em Vida de Moravia)
Uma teoria para os filmes de estrada
A revista do New York Times que circula com o jornal de amanhã traz um texto do diretor brasileiro Walter Salles sobre "road movies". O título: "Notes for a Theory of the Road Movie". Os jornais vão brigar para ver quem compra primeiro os direitos de publicação no Brasil, imagino. Um trecho: "There is no such thing as two road movies that look alike. In terms of film grammar, the road movie is limited only by one obligation: to accompany the transformations undergone by its main characters as they confront a new reality. The road movie is not the domain of large cranes or steady-cams. On the contrary, the camera needs to remain in unison with characters who are in continual motion — a motion that shouldn’t be controlled. The road movie tends, therefore, to be driven by a sense of immediacy that is not dissimilar from that of a documentary film." Salles está trabalhando na adaptação de "Pé na Estrada", de Jack Kerouac, para o cinema.
PS: Quem quiser comprar o artigo deve entrar em contato com Regina Marzagão: marzars@nytimes.com
PS: Quem quiser comprar o artigo deve entrar em contato com Regina Marzagão: marzars@nytimes.com
"The Site Specific"
Uma exposição para o plantão de sábado: será aberto hoje em Hong Kong um projeto elaborado pelos curadores Marcelo Rezende e Fernando Oliva para o Microwave International New Media Arts Festival: "À La Chinoise". O projeto se divide em duas partes: a exibição de trabalhos em vídeo no Hong Kong Film Archive e a criação de um site para criar uma curadoria com material existente no Youtube: o "The Site Specific". O meu vídeo favorito do projeto é este aqui.
Circular: "Dívidas gigantescas: ontem o telefone foi cortado por falta de pagamento, e o mesmo irá acontecer com o gás na semana que vem. Kathleen diz que precisamos assumir um ar alegre e dar a impressão de que curtimos nós mesmos. Meu comentário: 'Não gosto de curtir a mim mesmo'." (dos diários de Kenneth Tynan)
sexta-feira, 9 de novembro de 2007
Na dúvida? Chame a "personal decider"
Deste ofício eu nunca tinha ouvido falar: "personal decider". Genial. Um trecho da matéria que eu pesquei no Times de Nova York: "Looking for someone to curate your life? Need a personal concierge whose expertise is not picking up dry-cleaning but helping chose your wardrobe, your tastes, your friends? Ms. Storr calls herself a personal manager, but her duties go far beyond that. Her clients, all of them men, pay monthly fees of $4,000 to $10,000 to have her be their personal decider in nearly all things lifestyle-related." Leia aqui. Nasce uma profissão. Eu poderia fazer isso.
Jack Bauer em 1994
Um vídeo para a sexta-feira: o que Jack Bauer faria se estivesse trabalhando no ano de 1994, usando um bipe, um orelhão e a AOL para se comunicar com a CTU? Uns caras pensaram nisso. Assista.
Filósofos bebem vinho
Um livro que renderia uma matéria: "Questions of Taste - The Philosophy of Wine", editado por Barry C. Smith. Há três anos a University of London organizou um simpósio sobre "filosofia e vinho". Um dos resultados foi a obra acima, uma coletânea de ensaios que examina as maneiras como refletimos e falamos sobre vinhos. "This collection of essays springs from a recent London congress of wine experts investigating what, if any, words might possibly convey the sensual experience of drinking wine. These disquisitions on the ways humans discriminate among similar bottlings, evaluate their experiences, and communicate those experiences to one another summon the very specialized lexicon of philosophical aesthetics.", diz uma resenha da Amazon. Saúde. Aqui tem uma resenha do livro.
Circular: "Para existir, a pessoa precisa ser vista, porque atualmente não existe outra prova. Já não existe uma identidade na arte, apenas na autopromoção. Não existem atos, apenas cenas. As marchas pela paz são mascaradas, a ativista Selma era um menestrel. As notícias são encenadas para as câmeras. Os críticos dançam de olhos fechados." (Gay Talese em A festa acabou)
quinta-feira, 8 de novembro de 2007
O impulso do bêbado
Confesso, já fiz compras quando estava bêbado. Por isso o título deste livro chamou a minha atenção: "Shopping While Drunk: Confessions from Modern Life". Não li, mas achei divertido mesmo assim.
Encontro às escuras
Alguém podia testar o serviço do site CrazyBlindDate.com. Funciona em Nova York, San Francisco, Boston e Austin. Basicamente é isso: você marca encontro com pessoas sem ver fotos e sem trocar idéias antes. Totalmente no escuro. "Welcome to Crazy Blind Date! We like to keep things simple. That's why on very short notice we can set you up on quick dates with total strangers at public places like bars and coffee shops. You're not allowed to see their picture or even communicate. Choose your city to get started."
"Be water my friend"
Ainda não tinha visto esta propaganda da BMW que usou um pequeno trecho de uma entrevista que Bruce Lee deu para a televisão. Muito boa. Neste link dá pra ver outras partes da conversa. Lee fala sobre a filosofia das artes marciais. Para quem gosta do tema, vale o clique.
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Circular: "Das confissões, de Somerser Maugham (a propósito de Rousseau): 'Existe um tipo de homem que não dá atenção às boas ações que pratica, mas é atormentado pelas más. Esse é o tipo que, na maioria dos casos, escreve sobre si mesmo. Ele deixa de fora suas qualidades positivas e, assim, nos parece apenas fraco, vicioso, desprovido de princípios'. Cairei nesta armadilha?" (dos diários de Kenneth Tynan, 29/01/1980)
quarta-feira, 7 de novembro de 2007
Doce vida à italiana
Parece um sonho, mas como tudo tem um preço é possível convertê-lo em uma fantástica realidade. A agência italiana de turismo Bellini aluga carros conversíveis antigos para passeios pela Umbria e pela Toscana. O modelo da foto, um Alfa Romeo Giulietta, está disponível no catálogo, mas há outros carros bacanas na garagem. É só olhar no site deles. A Bellini também organiza passeios de balão pela Toscana. E aluga casas luxuosas para quem pode gastar. Dolce vita.
MIT processa Frank Gehry
Muito boa: o MIT (Massachusetts Institute of Technology) está processando o arquiteto Frank Gehry por negligência. Leia matéria. Este prédio que ele projetou para o instituto americano custou 300 milhões e, tudo indica, ficou uma porcaria. Gehry, para quem não sabe, é o autor do projeto do Guggenheim Museum em Bilbao, Espanha. Ele cobra caro pelos serviços.
Um trato no Fusquinha
Esta oficina, a West Coast Classical Restoration, é especializada em restaurar carros antigos da Volkswagen, como o Fusca. Porshes antigos, também. Vale olhar o trabalho deles.
O mundo grego
Quem gosta da cultura grega deve visitar a página do Elpenor. Vale uma olhada e uma nota. Veja um trecho da descrição do site, com alguns links interessantes: "Elpenor is built around a Bilingual Anthology of all periods of Greek literature, including downloadable versions of Plato, Aristotle, Physis Library (Creation of the World), and the New Testament. Language pages feature free Lessons in Ancient Greek, starting from the Greek alphabet, continuing with Homer and combining grammar and syntax with an attempt to understand the value of the texts and of language itself for our life today." Muito bom, muito útil.
O ser humano é inviável
Não vi esta notícia nos jornais de hoje. É uma história e tanto, até porque a principal envolvida tem perfil no MySpace. O título do Times de Londres: "Meredith Kercher ‘killed after refusing orgy’"; no Daily Mail ficou assim: "Murdered Meredith's flatmate 'heard her die' after sick sexual fantasy went wrong".
Circular: "Você acha realmente que tenho um ar tão simpático? Pois bem, duvido muito disso. Penso que as pessoas vêem em mim algo que as desconcerta e isso, em última análise, porque em minha juventude não fui jovem e agora, quando começa a idade madura, não consigo envelhecer. Houve um tempo em que eu era somente desejo de me instruir e ambição e no qual, dia após dia, lamentava amargamente que a Natureza não tivesse colocado em minha fronte, por um feliz capricho, a marca do gênio; e já não compreendo como alguma vez desejei sê-lo. Não sou sequer muito dotado; toda minha capacidade de trabalho se deve provavelmente ao meu temperamento e à ausência de graves fraquezas intelectuais. (Freud; carta a Martha em 2 de fevereiro de 1886, aos 30 anos).
terça-feira, 6 de novembro de 2007
Hotéis verdes
Boa pauta da Travel + Leisure: "Our 20 Favorite Green Hotels". Mostra destinos na Tanzânia, Austrália, Egito, Maldivas, etc. Não conseguiram achar nenhum no Brasil.
No palitinho
Uma curiosidade: a Slate publicou uma matéria sobre Charles Forster, o inventor dos palitos de dentes.
"Tem 35, mas parece 12"
Divertido este post do blog da revista Details: "Does Your Girlfriend Act Her Age?
The women you date should behave—and look—like grown-ups, not characters from High School Musical".
The women you date should behave—and look—like grown-ups, not characters from High School Musical".
Uma música
Um ótimo som para começar a terça: Siouxsie and the Banshees tocando "Cities in Dust". Bem anos 80.
Circular: "O excesso de informação equivale ao ruído. O poder político de nossos países compreendeu isso muito bem. A censura não se exerce mais pela retenção ou eliminação, mas pela profusão: para destruir uma notícia hoje em dia, basta trocá-la por outra. O que aconteceu na Guerra do Golfo é um exemplo perfeito. Mas poderíamos lembrar outros, em outras áreas. Já que toda a memória humana estará em computador, o que vai acontecer? Uma bibliografia de vinte títulos é muito útil, pois no fim você retém três obras, que lerá. Mas o que fazer com a bibliografia de dez mil títulos obtidos, apertando o botão do computador? Jogá-la no lixo. (...) Todo o problema é, portanto, conseguir filtrar essa superinformação e fazê-lo no instante exato, porque para fazer essa filtragem já não teremos mais o tempo de reflexão de que dispúnhamos antes.” (Umberto Eco).
segunda-feira, 5 de novembro de 2007
O jeito Google de treinar pessoas
A Newsweek acompanhou um grupo de jovens talentos do Google numa viagem de treinamento que a empresa incluiu em seu programa de RH. "Halfway through the two-year program, the associate product managers (APMs) travel to foreign Google offices to network with fellow employees, learn about regional markets and soak up local culture. Newsweek tagged along on this year's trip, a marathon 16-day visit to four cities. Traveling with the APMs provided a rare look into Google itself—its management philosophy, its values and its attempts to maintain its vision in the face of tremendous growth." Leia a matéria completa.
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A 1ª edição digital da "Rolling Stone"
Para comemorar os 40 anos da Rolling Stone, os editores da publicação americana lançaram a primeira versão digital da revista (totalmente patrocinada pela LG). Clique aqui e veja como ficou. Vale como benchmark, inclusive.
A máquina do "hype"
Muito interessante - e instrutiva - a matéria "Hype Machine", publicada na Oxford American. Em linhas gerais, mostra claramente como a internet ajuda a construir com muita rapidez a fama dos fenômenos do "indie rock" (mesmo que, muitas vezes, um olhar mais cuidadoso possa notar que as bandas nem são tão boas assim). "Blogs and aggregators enable fans to determine in just a few minutes what everyone else is listening to that day. What you know, where you are—these matter not at all. To be an insider today one must merely be fast." Algumas questões que a reportagem coloca: "But why did so many of these bands disappear? What about the second album, or the third? Why did indie rock seem to have become wave after wave of disposable new bands?"
A Venezuela e a educação musical
Vários jornais estão apontando para o talento do jovem maestro venezuelano Gustavo Dudamel (foto), 26 anos, que será o novo diretor musical da Filarmônica de Los Angeles (o contrato começa em 2009). Todos os textos fazem elogios ao programa de jovens músicos de orquestra da Venezuela, conhecido como "El Sistema". No momento, Dudamel e a Orquestra Jovem Simón Bolívar fazem uma turnê pelos Estados Unidos: "And if this incredible orchestra hits San Francisco, Boston and New York with the same revelatory effect as at the first Disney concert, our country, with its poor music education, may never -- should never -- be the same." (...) musically, Venezuela leaves no child behind, and the results are an inspiration to us all", escreve o autor do texto que saiu no Los Angeles Times. Leia aqui. Recentemente a revista do New York Times fez um perfil de Dudamel.
O filho eterno
Uma sugestão de leitura: a entrevista do escritor Cristovão Tezza ao jornalista Armando Antenore, publicada na Bravo!. "Sem nenhuma preocupação de se refugiar em eufemismos, o pai protagoniza "O Filho Eterno", novo romance de Cristovão Tezza. Homem de um racionalismo brutal, o personagem lança mão de reflexões tão cruéis quanto corajosas para relatar o que significa conceber e educar até a fase adulta um portador de alterações genéticas graves. Frustração, espanto, desespero e mesquinharias assombram impiedosamente o anti-herói, um dos mais complexos que a literatura brasileira ousou produzir", escreveu Antenore.
Circular: "Às vezes, quando não consegue dormir, Saul vira a cabeça no travesseiro e indaga se estou acordada. Talvez aquele dia tenha sido difícil para nós: discordamos, tivemos um mal-entendido, chegamos a mais uma separação invisível, ou a um pequeno e dissonante reajuste. Ele deita de costas na velha cama, põe-se a especular. Tudo vai dar certo? Ele está bem, eu estou bem, somos felizes, pelo menos em termos restritos?" (Anne Tyler em Os Bens Terrenos).
domingo, 4 de novembro de 2007
O silenciador de celulares
O tipo de assunto que repercute: matéria sobre um aparelhinho que silencia os celulares que estão próximos a você. Genial, vou comprar. "As cellphone use has skyrocketed, making it hard to avoid hearing half a conversation in many public places, a small but growing band of rebels is turning to a blunt countermeasure: the cellphone jammer, a gadget that renders nearby mobile devices impotent. The technology is not new, but overseas exporters of jammers say demand is rising and they are sending hundreds of them a month into the United States — prompting scrutiny from federal regulators and new concern last week from the cellphone industry." A matéria explica que o brinquedinho é ilegal.
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Janela indiscreta
O New York Times de hoje fez uma boa matéria sobre um edifício de apartamentos de Nova York (foto) cuja arquitetura não levou muito em conta a privacidade dos moradores. A repórter ouviu até um professor do MIT: “There is real confusion about intimacy and solitude,” said Professor Turkle, who for more than two decades has been studying computers and the people who love them. “Are we alone in these buildings, facing the anonymity of the city, or are we connected to the city? What do we show and what do we hide?".
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Todo o mundo de Jason
Essa é boa (mas só para fãs de terror trash): uma matéria que disseca a série "Sexta-Feira 13", ano a ano, desde 1980. "(...) the Friday The 13th saga stretches from 1980 to 2003 (so far), has it had anything else to say about the world in which we've lived? Has it changed along with that world? Can you flip past "Friday The 13th Part VIII: Jason Takes Manhattan" and instantly recognize that it came out in 1989?. Leia aqui. Tem vários vídeos do YouTube.
E a moda vence o rock
A grife John Varvatos vai abrir uma loja no lugar em que funcionava o clube CBGB, em Nova York. O Washington Post fez matéria divertida sobre o assunto. "But John Varvatos is hardly the worst fate that could befall rock's most famous vacant space. True, there's nothing punk about the company that owns Varvatos: the gigantic apparel maker VF Corp., which also owns Vans, Wrangler, Lee and other brands and which recently reported that it had sold $5.3 billion of merchandise in the first nine months of the year."
O futuro da energia
Bom personagem: Chris Sommerville, diretor do Carnegie Institution's Department of Plant Biology, deu uma entrevista para a Newsweek em que fala sobre fontes de energia alternativas.
Música do domingo
Música para o domingo de chuva: a abertura de Ry Cooder para o filme "Paris, Texas", de Win Wenders.
quinta-feira, 1 de novembro de 2007
A ciência por trás da ficção
Divertida esta pauta da Skeptical Inquirer: "Two physicists examine certain features of popular myths regarding ghosts, vampires, and zombies as they appear in film and folklore." Leia aqui.
Como não ser preso com maconha, lição 1
Essa é boa: um ex-policial americano da área de narcóticos lançou um DVD que ensina usuários de maconha a não serem presos. Valeria entrevistar esse cara. "The DVD is called Never Get Busted Again, and these pictures are from Barry Cooper's previous life. That's what gives him his unique credibility. As a narcotics officer in West Texas, Cooper was a law enforcement star. That was partly due to his work ethic: Stopping 30 cars a day on the highways was routine for Cooper and his K-9 companion." Leia matéria.
A briga entre os games musicais
O Wall Street Journal publicou matéria sobre a guerra entre os games de música: "Guitar Hero III: Legends of Rock", que acaba de ser lançado, contra "Rock Band" (foto), que chegará às lojas no próximo mês. Um trecho: "The music-games genre has found an immense audience by stretching the boundaries of what videogames are. There have been more than 5.9 million copies sold of the earlier versions of Guitar Hero in the U.S. since the game's first installment was released two years ago, for total sales of $425 million, according to NPD Group Inc." Uma reportagem em vídeo acompanha o texto.
Hip-hop: fenômeno global
Tem uma matéria ótima na edição de novembro/dezembro da Foreign Policy sobre o mundo globalizado do hip-hop, gênero musical com admiradores na França, em Gana, na China (foto)... A longa reportagem mostra como esse tipo de música está sendo aceito e adaptado ao redor do planeta. "Rap music has long been considered a form of resistance against authority. Boosted by the commercialization of the music industry, that message has proven its appeal to youth all around the world. Now, from Shanghai to Nairobi to São Paulo, hip-hop is evolving into a truly global art of communication". Valeria traduzir. Leia aqui. (Atualização, 9h30: no momento o link está com problemas).
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Nos arquivos do cérebro
Uma ótima matéria da National Geographic sobre memória como sugestão de leitura. O autor procurou várias pessoas com algum tipo de anomalia relacionada ao tema: um personagem consegue relembrar com detalhes dias inteiros, mesmo anos depois dos acontecimentos; outro não consegue lembrar de nada, nem do momento imediatamente anterior. A reportagem apresenta uma tese interessante, resumida neste parágrafo: "But over the past millennium, many of us have undergone a profound shift. We've gradually replaced our internal memory with what psychologists refer to as external memory, a vast superstructure of technological crutches that we've invented so that we don't have to store information in our brains. We've gone, you might say, from remembering everything to remembering awfully little. We have photographs to record our experiences, calendars to keep track of our schedules, books (and now the Internet) to store our collective knowledge, and Post-it notes for our scribbles. What have the implications of this outsourcing of memory been for ourselves and for our society? Has something been lost?".
PS: Depois de escrever este post vi que a edição brasileira da revista publicou o mesmo texto. Leia aqui a versão em português.
PS: Depois de escrever este post vi que a edição brasileira da revista publicou o mesmo texto. Leia aqui a versão em português.
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