terça-feira, 10 de julho de 2007
O lado humano do desenvolvimento
Os jornais de hoje noticiam que o Ibama finalmente concedeu a licença para a construção das hidrelétricas de Santo Antônio e de Jirau, ambas no Rio Madeira (foto). Enquanto o instituto estudava os impactos ambientais provenientes do projeto, o tema ganhou bastante espaço em jornais e revistas. As matérias quase sempre mostravam uma certa oposição entre as conseqüências ambientais e o desenvolvimento proporcionado pela geração de energia e suas mais diversas utilizações. Mas os elementos sociais – humanos – , e até microeconômicos referentes à região impactada pelas obras vêm sendo deixado à margem, pelo menos das discussões “oficiais”. Uma sugestão seria fazer uma reportagem mostrando as conseqüências da implantação de usinas hidrelétricas nas comunidades organizadas em torno dos rios em que outras barragens operam e que, muitas vezes, sobrevivem a partir das condições naturais do ambiente em equilíbrio. Como uma barragem afeta a vida dessas pessoas? Quem são essas pessoas? Como viviam antes e como vivem agora? Os resultados de longo prazo em relação à qualidade de vida dos envolvidos e também em relação às novas situações em que eles se vêem pode ser o recorte de uma matéria de mais fôlego.
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Um comentário:
Ninguém falando do impacto nas comunidades? Que esquisito, hein? Diz por aí que, durante o envenenamento e morte de pessoas com um remédio famoso (alguém havia violado as embalagens e colocado veneno dentro), fato que aconteceu há vários anos nos Estados Unidos, um grupo de executivos se reuniu para debater o que o fabricante deveria fazer, informalmente. Tirar o remédio do mercado o quanto antes? Me parece óbvio, mas o pessoal só falava da imagem, do impacto do problema nas finanças da companhia e também sobre o mercado e a concorrência. O que é certo e o que é errado para a vida das pessoas? Bah, essa é outra história...
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