quinta-feira, 29 de novembro de 2007
Circular: "É preciso estar sempre embriagado. Tudo se resume a isso: é a única questão. Para não sentir o horrível fardo do Tempo, que te pesa sobre os ombros, e que te inclina sobre a terra, é necessário que te embriagues sem trégua. Mas de quê? De vinho, de poesia ou de sabedoria, a tua escolha. Mas embriaga-te. E se alguma vez, nas escadarias de um palácio, ou sobre a relva verde de uma encosta, na solidão morna do teu quarto, tu acordares, a embriaguez já semidesfeita ou já extinta, pergunta ao vento, à onda, à estrela, ao pássaro, ao relógio, a tudo que flui, a tudo que geme, a tudo que gira, a tudo que canta, a tudo que fala, pergunta que horas são; e o vento, a onda, a estrela, o pássaro, o relógio te responderão: ‘É hora de embriagar-te! Para não seres escravo regido pelo Tempo, embriaga-te sem cessar!’” (Charles Baudelaire)
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Um comentário:
Excelente!! Vou lembrar desse trecho em muitos momentos, assim como já lembrei de muitos momentos ao ler essas linhas.
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